terça-feira, janeiro 05, 2010

Caixa de Pandora



Pandora Box by Arthur Rackham

Porquê temos esse desejo incontrolável de olhar para trás? Será que isso surge apenas quando nos damos conta do quanto envelhecemos?

De uma coisa eu tenho certeza: isso é muito piegas e escrever sobre isso é tanto quanto, ou mais. E não é a vida deveras piegas? Desafio a qualquer um a pensar...

Duvido que não exista algo em sua vida que você, talvez, não compartilhe com as pessoas por ter certeza de que soa como "brega", "retrogado", "conservador", "machista/feminista" ou seja lá o que for. Cada um de nós têm sua Caixa de Pandora, cheia de surpresas e demônios dos quais temos grande receio de libertar.

Quem? Quem tem a coragem de fazê-lo? Ou, ainda, quem tem a coragem de ao menos olhar dentro da caixa? Mesmo porque, para olhar, ela terá que ser aberta. Mesmo que você seja o único espectador, jamais sairá ileso.

É perturbador.

Viver o é.

Deixando as loucuras de lado... O que seria de nós se negássemos qualquer coisa pela qual tenhamos passado? Boas ou ruins. Ambas fazem parte daquilo que somos e seremos, eternamente.

É inegável.

A verdade o é.

Independente da religião, negar a verdade É um pecado. Mesmo que não aceitem o conceito (Sim. Conceito. A teologia é uma ciência independente das críticas dos ateus), podem arrumar outra palavra para dar um nome mais bonito para essa "falha" de nós, humanos. Em outros termos, negar essa verdade, aquilo que se é ou aquilo que se foi, é um crime que se comete contra si próprio.

Isso é inaceitável.

Fugir o é.

Negar sua própria essência é um erro. Pelo bem ou pelo mal, se não existe aceitação, não existe evolução. Dessa forma, nada muda.

Aquilo que não muda...

Não vive.

Não é.

Nunca será.



PS: Não era bem isso que eu pretendia escrever... As palavras começam a tomar forma e vão compondo o texto. Elas fazem isso sozinhas. Essa é a magia de escrever. É indescritível e inenarrável.

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