quarta-feira, janeiro 27, 2010

A Síndrome Da Culpa No Outro


Uma coisa me intriga há um bom tempo. É sobre sexo, lógico. Que outro assunto melhor? É de fato uma coisa deveras intrigante pois, pode-se ir expandindo a discussão para muitos outros campos. Aplica-se também em ambos os gêneros, já adianto.

Situação: Um casal, transando. Depois de terminarem, alguém não está satisfeito e acusa o parceiro de ser ineficiente. Que talvez tenha se preocupado pouco com a satisfação do outro. Nada muito dramático. Não ainda. Se isso continuar a se repetir, a coisa pode ficar feia.

Não que essas acusações não possam ser verdadeiras, elas podem. Mas no nosso caso aqui, não são. O parceiro realmente se preocupa com a satisfação do outro. O problema é que alguém, ou ambos, estão esquecendo que a responsabilidade pela satisfação, pelo prazer, pelo orgasmo, pertence em igualdade aos dois.

Aqui entra também aquele lance da interatividade. Os dois precisam mostrar disposição e iniciativa. Sexo é uma coisa que quando é feita apenas por uma pessoa leva o nome de masturbação. E pra isso não precisa de companhia. Não adianta um ficar esperando pelo outro ditar os rumos e ritmos do sexo. A coisa toda precisa ir acontecendo naturalmente. Tem coisa mais chata para um homem, penso que mais ainda para a mulher, do que ter que ficar ditando as posições na hora da trepada? "Fica assim". "Vira de lado". "Sobe mais um pouco". "Vem por cima".

Que é isso? Tão colocando um quadro na parede? Sinceramente... Se uma dessas frases não vier acompanhada de uma safadeza bem suja, não terá a menor graça.

Aqui vou me lançar num terreno perigoso. Agora é a parte onde eu me arrisco a ser taxado de machista ou até de preconceituoso.

Esse comportamento é muito mais comum nas mulheres. Que homem nunca "pegou" uma mulher e descobriu que ela era, na verdade, uma boneca inflável? Estamos numa época de liberdade sexual e feminina. Será que frigidez é mesmo algum tipo de doença ou apenas um comportamento recalcado, conservador e puritano? Ou tudo junto!?

Vou mais além! Vou citar o tipo que, para mim, é o mais comum entre as mulheres. É aquele tipo que tem na cabeça que, transar com um homem, é um ato de caridade que elas, mulheres, estão fazendo aos pobres coitados fissurados por sexo que são o bicho homem macho. Com esse pensamento em mente, o comportamento passa a ser o de exigir e impôr que a obrigação de satisfazê-la depende única e exclusivamente do homem. "Ele precisa ser capaz disso! É o mínimo que ele pode fazer!"

Não é uma generalização. Vou apenas citar uma frase de uma amiga que me chocou para ilustrar esse pensamento. No momento, o namorado reclamava de pagar uma ou outra coisa pra ela, não vem ao caso o que era. Quando ele saiu para ir ao banheiro, ela vira e diz: "Ele tem mais é que pagar mesmo. Eu abro as pernas pra ele de graça!" Não. Ela não é puta. Ao menos até onde eu sei.

Outro fato, pois já foi estudado, ao menos empiricamente, é que as feias precisam se esforçar muito mais para agradar aos homens na hora do sexo. As bonitas não precisam se preocupar, pois têm os homens aos seus pés, na hora que quiserem.

Mas aqui eu tento recuperar meus pontos com a mulherada! Pode-se facilmente inverter toda essa lógica aí colocando o homem no lugar da mulher. Acontece a mesma coisa, só que com menor frequência. Os homens são mais descarados e tem pouco amor próprio.

A situação mais comum envolvendo um homem é a que discutimos num post do blog das Velhas Quase Virgens. Para não repetir e encurtar a história, um homem age com essa arrogância, que é mais característica nas mulheres em relação ao sexo, para se defender ou para tentar levantar o próprio moral. Eu diria que somos mais egóistas que arrogantes nessas situações. Aquela clássica brochada ou a precocidade do gozo tem que ser culpa de outra pessoa! "Com certeza foi aquela bruxa que me enfeitiçou! Macumba! É ela que não fode direito!"

Como eu disse antes, a idéia central dessa discussão pode ser ampliada para tantas outras situações do dia a dia (Dia a dia tem hífen? Hífen ainda tem acento?). Nós, humanos, temos essa mania besta de sempre querer tentar achar um culpado antes de encontrar uma solução. Para qualquer problema. Em qualquer situação dessa vida. O problema sempre vai estar no outro. Discutir, jamais! Culpa neles!

O que precisamos de verdade é de muito sexo! Muita liberdade pra fazer e falar de sexo! Vamos enaltecer a revolução feminista! Vamos enterrar o conservadorismo e vaporizar o machismo! Vamos nos libertar de nossos medos e da nossa vergonha! Vamos dividir as culpas, eliminá-las e procurar soluções para os problemas. Porém, nada de libertinagem, mas sim muita responsabilidade. E conhecimento, que só entra na cabeça das pessoas quando levamos a discussão sobre o assunto até elas. Sexo consciente é saúde.


E agora... CHUTANDO A CANELA! =D



"Felizes são os desinibidos, desavergonhados e despudorados que topam uma suruba!" (£annart)

13 comentários:

  1. Quando o assunto é sexo, procuro ouvir mais do que falar. Tenho pouca experiência e, mesmo que tivesse muita, ainda assim acredito que continuaria considerando que tenho muito a aprender. As experiências que tive levam-me infelizmente a concordar com o fato de que o tipo mais comum de mulher é esse que tem problema com a luz acesa, com palavras sujas, com mover-se, manifestar-se. Não estou exigindo que as mulheres cortejem os homens, quebrando a tradição milenar — que pessoalmente não vejo problema em ser quebrada —, mas as mulheres só estão ganhando espaço para serem seguras sexualmente a poucas gerações. Os pais de pessoas da minha idade ainda reprimiam sexualmente as filhas ao máximo possível. E os homens, mesmo mais novos, ainda temem as mulheres muito seguras e costumam maldizê-las aos quatro ventos depois de uma noite com elas, o que considero uma tremenda idiotice. Apenas quero indicar que, uma vez que a coisa esquenta, é realmente comum que a mulher se feche e, no máximo, reaja timidamente a nossas investidas. Como diabos vou saber o que está agradando? Olhar nos olhos facilita a leitura da mente, mas, nesses casos, nem isso rola. A primeira coisa que penso é que o problema é comigo. Até hoje, ainda penso que eu é que não soube, sei lá, "apertar o botão certo", mas conheci mulheres (por sorte já posso colocar no plural, que indica mais de uma, mas não muito mais) com quem foi muito bom fazer sexo e com as quais não tive em absoluto esse problema de comunicação. Acho que é isso: um grande problema de comunicação. Crescemos desenvolvendo nossa relação com o prazer e com o corpo. Cada um tem a sua linguagem do corpo, com suas próprias expressões: as coisas boas, as que não podem ser feitas, as que só podem ser feitas em circunstâncias especiais, os lugares melhores, o jeito de fazer isso e aquilo, e um número indefinido de pequenos rituais de se chegar a esse ou àquele ponto de intimidade. Nessa parte, reconheço que os empecilhos à comunicação não estão restritos ao gênero, porque raramente as mulheres comunicam-se numa linguagem mais masculina com relação ao corpo e raramente os homens dão ouvidos à maneira feminina da maior parte das mulheres falar do corpo. É mais comum, acho, que cada um dê mais atenção à sua própria genitália e não queira muita conversa, mas sei que esse não é o meu caso, e acredito que também absolutamente não é o caso do Lannart. Eu procuro aprender a linguagem das mulheres que conheço, tanto do corpo quanto da vida como um todo. É bem difícil, porque dizer as coisas e dar-se a conhecer é entregar muito poder nas mãos de quem está lhe conhecendo, e pouca gente se dispõe a isso. Todo mundo costuma querer sair por cima, estar na vantagem, ser o malandro e tratar todos como otários, dizendo mentiras, mandando códigos falsos, estragando a comunicação e impedindo com certeza muitas coisas boas sob o pretexto de talvez quem sabe evitar possíveis coisas ruins. Vou me esforçar mais nas próximas vezes pra ficar mais atento a essas coisas. Ainda acredito que homens e mulheres possam se entender, mesmo no campo minado por demais perigoso que se estende sobre a intimidade de uma cama entre quatro paredes. Basta que se disponham mutuamente ao entendimento e que estejam com boa vontade suficiente e um mínimo de preparo para atravessar um campo minado.

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  2. E dessa vez eu quis falar, mas ainda quero ouvir mais do que falar. Acreditem. E escrevam à vontade.

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  3. E talvez fosse correto dizer que algo está acontecendo "há poucas gerações", mas ainda estou em dúvida se a regra se aplica ao caso, já que eu não quis dar a entender um tempo já transcorrido, mas a coisas que ainda estão acontecendo lentamente. Vou dormir. Pane mental.

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  4. Excelente post. Me deu ideias para um novo post. ^^

    Mas vou deixar pra depois, pois tenho prova nesse sábado.

    Beijossss!!!

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  5. Bem, primeiramente, o post ficou muito legal careca. Realmente algumas mulheres(a maioria) são frigidas na cama, parece realmente que você está transando com uma boneca inflável, eu já tive experiências muito ruins com relação a isso, mas eu penso que algumas mulheres não acendem a luz enquanto transam por ter vergonha do corpo, o que eu acho uma tremenda idiotice(conselho pras leitoras do blog, homem de verdade não vai reparar se você ta com celulite ou estrias, quem repara isso é bixa) outra coisa pode ser que as mulheres pensem que se elas agirem como safadas isso pode levar o cara e sair fora dela(outro conselho leitoras queridas, homem quer uma puta safada na cama e uma dama na sociedade). Bem com relação a colocar a culpa um no outro, cara eu acho que sexo não é uma coisa muito pensada tem que acontecer naturalmente, não adianta o cara ficar pensando o tempo todo no que a mulher está achando do sexo ou como ele vai fazer pra ela gozar ou ficar se esforçando pra gozar ou não gozar, se a pessoa se preocupa demais com essas coisas a coisa desanda e vai ficar uma merda. Quando a coisa flui naturalmente fica muito melhor os dois aproveitam muito melhor por que não tem pressão de nada é simplesmente sexo. Mas é claro que quando você percebe que a mulher gozou é uma coisa muito irada, o que me lembra outras experiências que me deixaram puto quando eu estava com uma mulher que na hora que ela ia gozar ela parava ou mandava eu parar para ela não gozar. Resumindo eu acho que sexo não é um dom e sim uma arte, por isso preciso praticar sempre pra poder melhorar os serviços prestados as mulheres! Haushuahsuhasuhasuhasuh
    OBS.: Se o texto tiver algum erro de digitação, concordância ou coisas do tipo, FODA-SE não sei escrever mesmo.
    OBS.: Carai meu comentário tem mais de 5 linhas, inédito isso! hehehehe

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  6. Uthred, ganhou XP!
    "Anota uma estrelinha ae"
    haushuashuasaush
    isso ae Furíco, continue assim!

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  7. Eu acho q já vi esse comentário!
    haushuashuashuashsuah

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  8. vcs entendem tanto de sexo e de mulheres quanto um tatu de construir estações do metrô

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  9. o cara fala de mulher fria, frigida. Pelo amor de deus: mulher é que nem comida: se vc não esquentar antes de comer, vai comer fria. kkkkkkkkkkkkkkk

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  10. será que a maioria das mulhers é frigida mesmo, como disse o caro colega, ou é ele que não sabe excitar uma fêmea?kkkkkkkkkkkk

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  11. aí o cara diz " sexo não é dom é uma arte". Pergunto ao ilustre postador se ele já viu alguma arte de qualidade que tenha sido produzida por alguem desprovido de dom?

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  12. " serviço prestado as mulheres".... o que é esse cara a final? um gogo boy? um mixê? ( é assim q se escreve mesmo?)um puto??? kkkkkkkkkkkkkk Francamente.

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  13. sinceramente: eu nunca li tanta besteira em um só lugar

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